TOLEDO, 9 de mai de 2005 às 16:17
O Vice-presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e Arcebispo de Toledo, Dom. Antonio Cañizares Llovera, assinalou que o projeto de lei que equipara as uniões homossexuais ao matrimônio não é "uma verdadeira lei" porque "contradiz a natureza das coisas".Depois de assinalar que esta lei deve ser rechaçada pelos católicos, o Prelado advertiu que "a democracia, com esta permissividade, caminha para sua destruição".
"Se cada grupo que tiver o poder implantar novas leis, ao final onde está o ordenamento do bem comum dentro de uma sociedade, onde fica a verdade mesma da lei ou a verdade do homem?", questionou em declarações à Rede COPE.
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O Arcebispo de Toledo informou ter conhecimento de que algumas organizações estão preparando um recurso de inconstitucionalidade contra a lei de uniões homossexuais, devido ao perigo que corre "o verdadeiro matrimônio como base da sociedade e da pessoa".
Sobre as críticas que recebeu a nota que a CEE enviou ao Governo, Dom. Cañizares precisou que os bispos não são inimigos da democracia, mas sim "porque somos muito defensores dela publicamos esta nota".
No texto enviado na sexta-feira ao Governo, o Episcopado espanhol recordou que os católicos não podem votar a favor da eventual lei porque contradiz a razão e a moral. Além disso, esclarece que esta "não tem força de obrigar ninguém" e que os prefeitos ou funcionários podem opor-se reivindicando "o direito à objeção de consciência".